Joaquim | Fotografia de Parto

Ter a oportunidade de acompanhar a família antes, durante e depois é sempre muito gostoso. Eu já havia feito o ensaio de gestante da Carol e do Vinicius, enquanto o Joaquim ainda estava na barriga. A fotografia de nascimento era o próximo registro.

A Carol optou pelo parto normal. Chegamos bem cedo na maternidade do Hospital Albert Einstein e desde o primeiro instante comecei a documentar o dia. Foi uma maratona intensa, com duração próxima a de um casamento, com mais de 10h de duração. Durante toda a espera do Joaquim, contrações foram surgindo. O pai da Carol é médico e apesar de estar acostumado com tudo isso, estava tão ou mais tenso que a própria filha que estava para ter o Joaquim.

É interessante esse processo de espera do parto natural. É ao mesmo tempo emocionante e tenso. Tudo isso eu procurei documentar, para que eles não esquecessem desse momento e desse dia. No final acabou-se mudando de natural para cesária e a partir daí foi tudo bem rápido.

Algumas coisas me marcaram nesse parto. O cuidado e preocupação do pai da Carol, a todo momento. Está claro nas fotos! A emoção e choro do Vinicius e da Carol ao verem o Joaquim nascendo. E por último a imagem do Vinicius olhando e brincando com o Joaquim após o nascimento.

COMO É A FOTOGRAFIA DOCUMENTAL DE PARTO

Na minha fotografia documental de parto eu não uso flash. Acho muito agressivo para o bebê que passou meses no escurinho e é também um fator de distração e incômodo para a equipe médica e para a mãe. Por isso o equipamento é essencial para que eu possa ser o menos intrusivo possível. Além disso uso nesse momento o disparador silencioso, que evita o barulho alto dos cliques.

Nesse parto usei uma Canon 5D MKIII com uma lente 35mm 1.4. Num determinado momento a Carol quis ficar com a luz apagada, quando ainda estava na sala pré-parto. Aí lembraram: “se apagarmos as luzes o Renato não fotografa”. Eu disse que podia apagar e a pequena arandela na parede me foi suficiente. Usei ISO 20.000 e abertura máxima da lente nas fotos. Sem incômodo, imperceptível, documentando realmente como foi.

SOBRE A ESCOLHA DA MATERNIDADE

Esse é o meu segundo parto no Hospital Albert Einstein (veja o primeiro aqui) e só posso dizer que é um hospital incrível. E para quem deseja ter seu filho nesse hospital e deseja escolher o fotógrafo para registrar esse momento tão especial, eles são bem éticos nesse sentido.

Bem diferente do que vemos em outros hospitais que permitem, além do acompanhante que normalmente é o pai, só a empresa de fotografia que está instalada dentro do hospital a fazer o registro do parto, no Einstein você pode escolher o seu fotógrafo profissional. O que muitos hospitais fazem quando não permitem que você escolha o seu fotógrafo é totalmente ilegal segundo o CDC por se tratar de uma venda casada do hospital com a empresa sediada dentro dele. Alguns hospitais permitem a contratação de profissionais de fora desde que se pague uma taxa extra para o seu fotógrafo entrar no centro obstétrico, o que eu acho totalmente compreensível já que usamos as roupas de paramentação e o “espaço”. Mas o que muitas vezes acontece é a cobrança de uma taxa abusiva que chega a ser maior do que o próprio serviço prestado pelo profissional que é afiliado e que também deve pagar essa taxa.

Os hospitais que não permitem essa escolha fazem de tudo para que a empresa de fotografia que provavelmente tem um contrato com eles seja a escolhida. Poucos são os pais que realmente lutam por esse direito de escolha do profissional, como eu fiz quando a minha filha nasceu. Não estou julgando que os fotógrafos da empresa sediada nos hospitais sejam ruins, mas eu quis decidir quem seria o profissional que documentaria esse momento tão importante pra nós.

Se a fotografia de parto documental é importante para você, pergunte antes na direção da maternidade se existe alguma restrição.

Com vocês, o nascimento do Joaquim!

Fotografia de parto